domingo, 11 de dezembro de 2011

Um poema para ela

   Ele achava que não amava,
   seu auto-ego o confortava de suas carências
   era um ser humano, tinha uma amante,
   ele achava que não amava.
   
   Ainda não entendia as mulheres,
   mas já sabia que isso não era possível
   acreditava no ditado de Oscar Wilde
   "As mulheres precisam ser amadas, não compreendidas".

   Saíram, beberam e ele se apaixonava,
   seus modos, seus olhares, seus sorrisos
   finalmente ele começou a sorrir
   seus olhos brilhavam.

   Ela tinha de ir embora com uma certa urgência
   mal se despediram, trocaram apenas algumas palavras
   ela disse: "eu te amo muito, muito, muito, muito",
   ele respondeu: "eu também te amo muito"
   sua resposta foi absolutamente sincera.

   Jamais esquecerás seu perfume doce e apaixonante
   entendia muito bem como seu organismo funcionava
   só não sabia o que se passava com o seu coração
   estava apertado, queimava, doía,
   tentou chorar, mas não conseguiu.

   Ele achava que não amava.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O Indefectível Sorriso

   Deitei-me sobre cama, fechei os olhos e em cerca de uns dez minutos depois, BUM !.
   Eu estava em um ambiente de festas, parecia um clube ou algo parecido. Havia muitas pessoas no local, todas alegres, dançando sem parar. Não sei como, mas eu já estava familiarizado com o ambiente.
   Tudo normal, exceto por uma coisa, ou melhor, por uma garota. Parada no canto da mesa do bar  olhando diretamente em meus olhos atravessando minha caixa craniana. Eu estava com um copo de cerveja na mão, e ela, ela estava me olhando com um leve sorriso que eu jamais vi em toda minha vida, um sorriso com uma suavidade pura e venenosa ao mesmo tempo, um sorriso que não bastava nada mais para conquistar um homem. Eu já estava nas mãos dela.
   Fui em sua direção sem conseguir pensar em coisa alguma, não sabia como andar, como olhar para ela quanto muito menos oque iria dizer.
   - Preciso de você - Foi a única coisa que conseguir soltar.
   - De mim onde ? - Disse ela e pôs a soltar mais um daquele seu único e indefectível sorriso.
   Coloquei minhas mãos diretamente em seus lindo, escuro e cacheado cabelo, trazendo sua boca perto da minha. Toquei em seus lábios, doces como o mel. Parei de beija-la e olhei para ela, agora oque me encantava não era só o seu sorriso, seus lindos olhos escuros agora já tinha total domínio sobre minha pessoa.
   - Merda. - disse eu.
   - O que foi ? - respondeu a garota que eu ainda não sabia o nome.
   - Acho que estou apaixonado, isso não é bom.
   - Eu gostei de você, rs.
   Saímos de mãos dadas pela festa e demos uma longa volta trocando algumas conversas avulsas e engraçadas, paramos em um canto, nos beijamos novamente, porém, dessa vez mais calorosamente. Só conseguia pensar o quão abestalhadamente apaixonado eu estava por ela. Estávamos pegando fogo. Não estávamos nos aguentando.
   Fizemos sexo em um canto, sem nenhum incômodo, sem muita posição confortável, o prazer era inexplicável, porém a única coisa que conseguia pensar era: eu estou apaixonado.
   Saímos de lá, fomos a uma mesa próxima do bar e nos sentamos. Ela ainda continuava a me encarar com seu indefectível sorriso.
   Eu estava apaixonado por ela.
   - Vou ao banheiro, já volto - disse eu.
   Enquanto estava no banheiro, minha cabeça estava a fervendo a mil e uma sensações de felicidade misturado com amor e sorte. Ao voltar percebi que  ela não estava sentada na mesa, procurei ao redor e nada. Andei o clube inteiro procurando por ela e nada. Cheguei novamente a mesa, e perguntei ao barman se ele tinha avistado a garota que estava comigo.
   - No momento em que você levantou para ir no banheiro, a menina foi embora as pressas.
   Fui até a saída e a avistei á duas esquinas de distância ela indo embora ligeiramente a pé.
   - Ela me abandonou, sem mais nem menos - pensei.
   Fiquei abismado com a situação, nada mais fazia sentido, não sabia onde tinha errado ou se é que eu tinha errado. Quando simplesmente me dei conta de que ela estava tomando uma atitude que eu sempre tomava com outras garotas.
   Quando olhei para a esquina novamente, vi a mim mesmo indo embora às pressas. Fiquei confuso.
   BUM !
   Abri os olhos, estava deitado em minha cama, me recordava de cada detalhe do sonho que havia acontecido, sabia que tudo aquilo foi um sonho, porém a única coisa que consegui pensar era:
   - Porquê ela fez isso comigo ?