domingo, 11 de dezembro de 2011

Um poema para ela

   Ele achava que não amava,
   seu auto-ego o confortava de suas carências
   era um ser humano, tinha uma amante,
   ele achava que não amava.
   
   Ainda não entendia as mulheres,
   mas já sabia que isso não era possível
   acreditava no ditado de Oscar Wilde
   "As mulheres precisam ser amadas, não compreendidas".

   Saíram, beberam e ele se apaixonava,
   seus modos, seus olhares, seus sorrisos
   finalmente ele começou a sorrir
   seus olhos brilhavam.

   Ela tinha de ir embora com uma certa urgência
   mal se despediram, trocaram apenas algumas palavras
   ela disse: "eu te amo muito, muito, muito, muito",
   ele respondeu: "eu também te amo muito"
   sua resposta foi absolutamente sincera.

   Jamais esquecerás seu perfume doce e apaixonante
   entendia muito bem como seu organismo funcionava
   só não sabia o que se passava com o seu coração
   estava apertado, queimava, doía,
   tentou chorar, mas não conseguiu.

   Ele achava que não amava.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O Indefectível Sorriso

   Deitei-me sobre cama, fechei os olhos e em cerca de uns dez minutos depois, BUM !.
   Eu estava em um ambiente de festas, parecia um clube ou algo parecido. Havia muitas pessoas no local, todas alegres, dançando sem parar. Não sei como, mas eu já estava familiarizado com o ambiente.
   Tudo normal, exceto por uma coisa, ou melhor, por uma garota. Parada no canto da mesa do bar  olhando diretamente em meus olhos atravessando minha caixa craniana. Eu estava com um copo de cerveja na mão, e ela, ela estava me olhando com um leve sorriso que eu jamais vi em toda minha vida, um sorriso com uma suavidade pura e venenosa ao mesmo tempo, um sorriso que não bastava nada mais para conquistar um homem. Eu já estava nas mãos dela.
   Fui em sua direção sem conseguir pensar em coisa alguma, não sabia como andar, como olhar para ela quanto muito menos oque iria dizer.
   - Preciso de você - Foi a única coisa que conseguir soltar.
   - De mim onde ? - Disse ela e pôs a soltar mais um daquele seu único e indefectível sorriso.
   Coloquei minhas mãos diretamente em seus lindo, escuro e cacheado cabelo, trazendo sua boca perto da minha. Toquei em seus lábios, doces como o mel. Parei de beija-la e olhei para ela, agora oque me encantava não era só o seu sorriso, seus lindos olhos escuros agora já tinha total domínio sobre minha pessoa.
   - Merda. - disse eu.
   - O que foi ? - respondeu a garota que eu ainda não sabia o nome.
   - Acho que estou apaixonado, isso não é bom.
   - Eu gostei de você, rs.
   Saímos de mãos dadas pela festa e demos uma longa volta trocando algumas conversas avulsas e engraçadas, paramos em um canto, nos beijamos novamente, porém, dessa vez mais calorosamente. Só conseguia pensar o quão abestalhadamente apaixonado eu estava por ela. Estávamos pegando fogo. Não estávamos nos aguentando.
   Fizemos sexo em um canto, sem nenhum incômodo, sem muita posição confortável, o prazer era inexplicável, porém a única coisa que conseguia pensar era: eu estou apaixonado.
   Saímos de lá, fomos a uma mesa próxima do bar e nos sentamos. Ela ainda continuava a me encarar com seu indefectível sorriso.
   Eu estava apaixonado por ela.
   - Vou ao banheiro, já volto - disse eu.
   Enquanto estava no banheiro, minha cabeça estava a fervendo a mil e uma sensações de felicidade misturado com amor e sorte. Ao voltar percebi que  ela não estava sentada na mesa, procurei ao redor e nada. Andei o clube inteiro procurando por ela e nada. Cheguei novamente a mesa, e perguntei ao barman se ele tinha avistado a garota que estava comigo.
   - No momento em que você levantou para ir no banheiro, a menina foi embora as pressas.
   Fui até a saída e a avistei á duas esquinas de distância ela indo embora ligeiramente a pé.
   - Ela me abandonou, sem mais nem menos - pensei.
   Fiquei abismado com a situação, nada mais fazia sentido, não sabia onde tinha errado ou se é que eu tinha errado. Quando simplesmente me dei conta de que ela estava tomando uma atitude que eu sempre tomava com outras garotas.
   Quando olhei para a esquina novamente, vi a mim mesmo indo embora às pressas. Fiquei confuso.
   BUM !
   Abri os olhos, estava deitado em minha cama, me recordava de cada detalhe do sonho que havia acontecido, sabia que tudo aquilo foi um sonho, porém a única coisa que consegui pensar era:
   - Porquê ela fez isso comigo ?

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Pão com manteiga, queijo e presunto

   E lá estava ele mais um dia, mais uma vez, mais um domingo comendo seu de sempre pão com manteiga, queijo e presunto no seu café da manhã, posteriormente no seu almoço e em seguida no seu jantar. Ele não ligava para comida, sabia que um pão com manteiga, queijo e presunto era mais que fundamental para sua sobrevivência, no demais, sua geladeira, armário, cômodos eram preenchidos com bebidas alcoólicas. Tinha lá entre seus belos e bem vividos 23 anos. Já era noite quando decidiu-se de vez sair de seu apartamento.
   Ao sair notou que a chuva estava pesada, porém, não mais pesada que sua embriaguez. Deixou seu carro na garagem como estava e foi direto ao bar universitário de sua tal "amada", ele não gostava de universidades quanto muito menos de universitários, não frequentava nenhuma faculdade, só trabalhava no seu emprego de vendas de "antiguidades raras" em sua própria casa pela internet, ganhava em torno de uns dois mil e muito bem ganhos reais. Ao chegar no bar, notou que sua garota estava rodeadas de belos e bem arrumados rapazes e de moças jovens com rostos e corpos simplesmente esbeltos de beleza e ternura.
   Sem mais nem menos, encharcado pela chuva, zonzo pela bebedeira e furioso pelo sofrimento da vida, foi parcialmente direto a mesa de Clarice sua amada e disse em uma tonalidade completamente embriagada:
   - Sua vadia ! Você jamais encontrará um homem como eu !
   Ela olhou espantosamente para ele, pasma e séria sem entender oquê estava se passando na cabeça dele, quando simplesmente ela toma um atitude.
   - Hahahahaha caí fora seu bêbado doente ! - diz ela.
   Seus amigos e amigas entram nas gargalhadas, todo também embriagados, porém, disfarçadamente.
   Ele vira as costas e saí cambaleando para a bancada do bar, apesar de sua completa embriaguez ele consegue ouvir os murmúrios ás suas costas.
   -Ahhhhh, ele é um bêbado que vive me enchendo o saco. -ouve sua namorada dizendo as risadas.
   Quando finalmente chega no balcão, apesar de não conseguir  focar ao certo nenhuma das bebidas pela sua devida embriaguez, ele pede ao barman uma garrafa inteira do que seja que fosse da mais cara que fosse. Ao pagar exatos R$ 980,00 direto do seu cartão, ele decide ir embora.
   Ao quase chegar em seu apartamento, passando pela casa de seu velho e conhecido vizinnho, ele se defronta com alguns insultos.
   - Onde já se viu ?! Um rapaz tão belo e inteligente como você andando por aí a pé pelas ruas completamente bêbado ?! Tome juízo na vida rapaz ! - diz o velho vizinho
   - Escuta aqui seu velho filho da puta, oquê você sabe da vida ? Oquê você acha que é a vida ? Acha que a vida é ficar nessa merda dessa janela tomando criticas sobre a vida dos outros ? Acha que a vida é trabalhar feito um escravo assim como você trabalhou de pedreiro e ter essa bosta dessa casa que você tem graças a morte de sua esposa que lhe deixou de herança ?? Escute mais uma coisa se velho de merda ! Achas que tem o direito de me criticar ? E esse seu verme de  filho que é tão fodido intelectualmente quanto um soldado nazista de Hitler ! Mas ahh!!! pela sua capacidade mental, o senhor não deve fazer a menor idéia de quem seja Hitler não é mesmo seu velho fodido ? - porém, ao invés de pensar tudo isso, ele simplesmete optou em responder:
   - Com  certeza.
   Chegando ao seu apartamento, deparou-se com o porteiro que ao deixa-lo entrar, disse-lhe ainda completamente bêbado.
   - Tome isso João, você merece rapaz, você zela pela minha segurança. Seu filho duma puta ! - Ao dar sua garrafa recém bebida de novecentos e oitenta reais. Apesar de escutar alguns grunhidos de João, ele já não conseguia entender uma palavra do que João dizia, assim como não conseguia entender nem se quer oque a sobriedade lhe dizia.
   Vomitou pela sua casa inteira e adormeceu.
   Ao acordar com uma ressaca imaginável, ele não se lembrava exatamente de nada do que aconteceu na noite anterior, e ao olhar as horas em seu celular, percebe que tinha uma mensagem de sua tal amada: "Esqueça de mim depois de tudo isso que você causou ontem! Idiota !". Apesar de não se lembrar do que fez ou do que disse para a sua amada do sexo, ele sentia-se melhor em estar livre dela, afinal, ele sempre achou que ela nada mais era do que beleza. Já estava farto dela.
   Decidiu dar uma caminhada para aliviar sua ressaca, e quando estava prestes a sair de seu condomínio, seu porteiro João interferiu-o.
   - Senhor, desculpe o incômodo mas o senhor esqueceu uma garrafa comigo. - Esticando a mão com uma exótica garrafa de vódka.
   Ele pegou a garrafa ainda semi-cheia, examinou-a e disse.
   - Putz, essa vodka é realmente uma das boas e raras, não deve custar menos de R$300,00, porém, pode ficar com você João, hoje minha ressaca é das fortes e não pretendo ver álcool não tão cedo na minha frente. - Notou os olhos do porteiro se encherem de lágrimas de alegria ao perceber que a garrafa tão rara e cara foi concebida á ele.
   Quando passou à frente da casa de seu vizinho, notou que ele lhe deu um certo desdém. Ficou feliz com isso, afinal de contas, jamais achou seu vizinho uma pessoa agradável.
   Ele não sabia porquê, mas apesar da ressaca, a conspiração do bem estar estava girando ao seu redor. Sentia-se feliz.
   Exceto pelos seus R$980,00 que ele não se lembrava de como gastou em seu cartão após uma ligação do banco para aviso.

domingo, 6 de novembro de 2011

John Dreammer

   Naquela noite aconchegante John Dreammer estava voltando para sua casa. Faltavam 15 para às 19h, saiu três horas mais cedo do seu trabalho, ou melhor, do seu ex-trabalho. Acabara de ser demitido por justa causa por não conseguir progredir em sua função de analista de sistemas. Andou umas sete ou oito quadras a pé para sua casa, a gasolina do seu carro tinha acabado e John estava sem um puto no bolso.
   -Que merda me falta acontecer a mais hoje? - Pensou ele ao já perceber que a conspiração da injustiça, do azar, da merda de um cidadão que não tinha culpa de nada para tudo isso estar acontecendo estar junto com ele.
   John finalmente chegou em sua casa, não sabia como explicar a notícia para sua mulher, aliás, não queria explicar nada, ele só desejava por um ombro para poder descarregar um pouco de suas mágoas em forma de lágrimas. Ao entrar em casa, todas as luzes estava acessas, a televisão desligada e um barulho estranho no seu quarto.
   Abriu a porta do quarto e lá estava sua mulher Jammy, em cima da cama, de vista oposta para a porta, e um homem que John nunca viu na vida fodendo sua mulher com a mais intensa e prazerosa forma que se possa imaginar. Era como um filme pornô ao vivo, Jammy gemia de uma forma que entre seus 9 anos de casados e suas incontáveis fodas, ele nunca tinha a ouvido gemer desse jeito.
   Ele ficou ali parado, sem reações, sem saber oque pensar a respeito de toda aquela merda que estava acontecendo, quando sua mulher simplesmente olha para trás com uma fisionomia de muito prazer.
   - John ?????!!!!!!!- disse ela com o homem ainda lhe fodendo intensamente.
   O tal homem, ao perceber oque estava acontecendo, tira sua enorme pica de dentro de sua esposa com um olhar homogêneo de medo, ódio e prazer, pega rapidamente sua calça e retira uma pistola de um dos bolsos e aponta para John que ainda estava ali, sem dizer ou fazer absolutamente nada.
   BANG !!
   Um tiro, um grito curto e agudo de sua mulher e muito sangue escorrendo das partes íntimas de John. Ao olhar para baixo, ele percebe que suas genitais estavam completamente desconfiguradas.
   - O que eu fiz Jam ? - Pergunta John com um olhar obnóxio e melancólico para Jammy.
   De repente John começa a sentir uma dor em seu peito, uma dor fria que ele jamais sentira sufocando seu coração. John começa entrar em pânico e ele simplesmente abre os olhos.
   Acorda chorando, com um olhar perdido do que estava acontecendo, não conseguia distinguir o real do surreal. Sua dor no peito ainda continuava sufocando-lhe ainda com mais frequência, sua mulher estava dormindo ao seu lado.
   Naquele exato momento John Dreammer teve um ataque cardíaco e morreu na hora.
   Na noite após o enterro de John, Jammy estava em sua casa com o mesmo homem desconhecido que John sonhara na noite de sua morte.
   - Pense pelo lado bom. - disse o homem. - Pelo menos John morreu tranquilo, dormindo sem nenhuma dor ou pertubação.
   - É verdade. - disse Jammy meio confusa, triste e abraçada ao homem.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Rake, O Infeliz

   E lá estava ele mais uma noite ( assim como todas ) escrevendo suas ótimas, românticas e sinceras cartas de amor para sua única e absoluta razão de viver, Flea. Rake era um jovem assim como qualquer outro, morava em Cleveland, classe social baixa, trabalhava como um cão por um mísero dinheiro, escritor fracassado nas horas vagas. Sua única razão de viver era Flea, uma jovem enfermeira do hospital de St. James na cidade de Minneapolis onde se conheceram uma certa vez em Cleveland, Flea estava de passagem com alguns médicos e enfermeiros tratando de uma epidemia gripal ( Rake estava incluído nessa epidemia ). Desde então, se amaram pessoalmente por cerca de uns dez dias até que Flea teve que partir para sua cidade, porém, ambos trocavam cartas de juras e promessas amorosas todos os dias.
   Flea não tinha tempo algum para poder visitar Rake, as doenças na época de 1532 eram epidêmicas em praticamente toda região, assim como Flea também não tinha dinheiro o suficiente para poder ver Rake, assim como não era diferente para ele, porém, em suas promessas, ele dizia que estava juntando todo seu capital financeiro para poder fazer uma viagem até Minneapolis.
   Foram preciso 4 meses de trabalho duro para Rake conseguir o dinheiro para a tão desejada viagem. Os dois continuavam em fervorosa paixão com cartas cada vez mais apaixonantes. Foram 4 dias de viagem à cavalo de Cleveland a Minneapolis. Foram incontáveis sensações de ansiosidade e sentimentos do mais puro amor que se possa imaginar.
   Chegando lá, Rake recorreu direto ao hospital St. James, não sabia oque estava sentindo, uma mistura de nervosismo com paixão com fobismo... perguntou direto a primeira enfermeira que encontrou no hospital.
   - Eu vim ver Flea ! 
   A fisionomia da enfermeira era de que ela sabia que ele era Rake. Ela abaixou a cabeça, não o olhou nos olhos dele e disse em baixo tom.
   - Segundo andar, quarto número 9.
   Rake foi andando em passos largos e rápidos, subiu ligeiramente a escada, sentia que seu peito iria estourar, algo estava prestes a sair dali, um certo cala frio. Ao abrir a porta do quarto número 9, lá estava Flea, deitada sob uma cama branca, com sua linda pele branca, cabelos negros, lisos e escorridos, de olhos fechados. Flea estava morta.
   Nem sequer um ferimento, nem sequer um hematoma. Flea estava morta.
   Ele colocou sua mão sobre a mão dela. Não conseguiu pensar em nada, não sentia nada, não escorreu sequer uma lágrima de seus olhos.
   Rake viveu por mais quarenta anos, ganhava um bom dinheiro com seus tristes e melancólicos poemas, gastava até o seu útimo centavo com bares e putas.
   Rake era infeliz, Rake viveu infeliz, Rake morreu de infelicidade.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Explicações inesperadas

   Dois assuntos a ser argumentados hoje: O destino do mundo, e o Homem !
   Parece mais um daqueles papos de escola, filosofia e etc, mas não é. Se bem refletida sobre ela, trata-se te um assunto nada mais que realístico e verdadeiro.
   Em primeiro lugar: O destino do mundo: Eis que o mundo não tem mais salvação nem religiosa, quanto menos pacífica. Como posso dizer isso ? Oras ! Basta emendarmos o segundo argumento a já ser discutido: o Homem. Mas para não sermos muito radical com esse assunto, logo digo que não se trata de um homem qualquer, mas sim de como eu mesmo denomino " O Homem Imaturo".
   Quem é o homem imaturo ? O homem imaturo é aquele homem que se diz já um forte, sábio e guerreiro homem, porém, ele ainda apresenta uma ou mais deficiências dentre um desses três adjetivos. Um homem com essas três característica , sabe muito bem viver em completa harmonia com a sua própria raça. Um homem completo dos três adjetivos, é ciente que não se deve guerrear entre um outro homem também completo dessas outras três características, pelo fato de somente haver sofrimento, tristeza, ódio, angústia, loucura entre muitos outros problemas.
   Como todo porém, o mundo não é de ambiguidades entre tudo e todos, o mundo também tem suas diferenças e existem as diferenças entre o homem, onde, de um certo ponto de vista, em relações pacíficas, existem o "homem imaturo" e o "homem amadurecido".
   Não quer dizer que um homem já amadurecido não pode ser afetado por um homem imaturo. Más decisões de um homem imaturo, podem atingir partes sensíveis e fracas de um homem sábio, sabendo-se que ninguém é perfeito.
   Homens amadurecidos por mais pacíficos que sejam,  não quer dizer que eles não saibam assuntos sobre a guerra. Muito pelo ao contrário, pelo fato deles saberem que existem homens não tão evoluídos nesse mundo, uma estratégia perfeita de guerra para proteger-se de imprevistos é essencial para sua vida e também para seu espírito guerreiro, atacando-o seu inimigo com sua devida força. Estratégias de guerra de um homem sábio, forte e guerreiro também existe recuos, trapaças, falsas negociações entre outras jogadas.
   Como conclusão de uma recém criada teoria de vida, por devidos problemas, venho-lhes dizer que o mundo não evoluíra porquê existem Homens no mundo. Homens ! Eis a conclusão de todo sofrimento, pobrezas, rancores, ódios, trapaças, mentiras e claro, não podemos nos esquecer das guerras é o homem.

sábado, 8 de outubro de 2011

A meta

   Na sacada de um prédio desconhecido a não ser pelos boatos que agora já comprovados que qualquer um com o mínimo de inteligência era capaz de enganar o porteiro para entrar no prédio, estava ele.
   Seu nome já não importa mais diante da atitude que ele estava prestes a tomar. Seu estado físico estava impecável como de costume, assim como seu estado mental também estava completamente embaralhado como de costume.
   Apesar do fato dele estar razoavelmente drogado, sua mente estava sã e sóbria. Ele já sabia que o uso de suas drogas chegaram a um tal ponto em que ela gera afeto e distúrbios apenas em seus sentimentos.
   "As drogas me dizem a verdade sobre A VERDADE do amor e da vida" - vivia ele dizendo isso a todos que o julgavam pelo seu uso excessivo de drogas. Porém, sempre desconfiei que ele usava isso como uma desculpa afim de obter um uso não descriminalizado.
   Ele sempre se julgou mais sábio que todos de sua época. E agora lá estava ele, sozinho ( como sempre preferiu ), drogado e livre de seus sentimentos que poderiam impedir o seu já quase alcançado objetivo.
   Ao subir na pequena grade da sacada, olhou para baixo, e teve a absoluta certeza de que estava a vinte andares de altura. Ele simplesmente ri ao invés de chorar ou ao menos ter uma postura digna de um suicídio. Ele ri porquê ao olhar para baixo, vista uma boa parte da cidade e das pessoas em movimento. Ele ri porquê assiste um notável mendigo na rua pedindo esmola. Ele ri, porquê ao seu conceito, não faz o menor sentido uma pessoa viver com uma forma de vida tão deplorável e desagradável.
   Ele já não acredita em Deus à um bom tempo, também não acredita em reencarnações e muito menos se preocupa com esses assuntos. Segundo ele, já tinha sabedoria o suficiente a ponto de descrever o ser humano. Segundo ele, já conhecia tudo e todos que habita esse planeta. "Como eu já imaginava" - Frase quase que infinitamente repetida por ele ao descobrir algo que ele nunca tenha visto, ouvido ou sentido, seja lá qual for essa coisa.
   Sem hesitar, ele joga seu corpo para frente e deixa que a gravidade termine seu trabalho. Ao cair, em queda, ele está relativamente ansioso em saber oque está prestes a desvendar sua única e última dúvida: A morte.
   Conclusão de sua meta: Vinte ossos quebrados ( por mera coincidência o mesmo número de andares que ele se jogou ), incontáveis partes de ossos fraturados, traumatismo craniano e somente um órgão perfurado:  O coração. No laudo, conta que estava excessivamente drogado.
   Sua família culpa a si mesmos, os amigos culpam as drogas.
   E ele ? Ele está morto.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Desabafos Descancarados

  Confesso abestalhado que ainda sinto falta dos olhos da Maria. E claro que também nunca me esquecerei da boca da Juliana. Mas como era bom abraçar as pernas da Tainá. Nunca me esquecerei de você também Sofia, Ana, Rebecca, Cynthia ....
   Quando digo que às amo, algumas delas não acreditam, outras dizem eu também, outras não respodem...Mas isso não vem ao fato. O fato é que sempre fui verdadeiro em minhas palavras de amor, cada "eu te amo" que citei ( embora inúmeros ) não foi dito em vão. Mesmo sabendo que eu podia estar amando uma, duas, ou até mesmo três ao mesmo tempo, não quer dizer que não foi verdadeiro.
   O problema é entender que possuo um coração volátil, que mesmo sendo em tão pouco tempo, já estou amando intensamente, mesmo sendo somente em um momento de se cruzar com alguém na rua. O problema também em entender que sou capaz de amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo.
   Confesso que ainda amei verdadeiramente cada uma que citei a palavra: "eu te amo", mesmo eu não quererendo mais nada com algumas de vocês após uma noite de transa. Nunca duvidem que não as amei.

sábado, 20 de agosto de 2011

Mas ainda é uma criança

E finalmente, uma lágrima de dor é despejada perante os olhos do menino que se julgava já um homem. Ele ainda tem muito que aprender

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A Certain Romance - Arctic Monkeys ( tradução )

Bom, eles devem usar Reeboks clássicos
Ou Converses acabados
Ou bottons enfiados nas meias
Mas essa não é a questão
A questão é que não existe mais romance por aí

E essa é a verdade que eles não conseguem ver
Eles provavelmente gostariam de me dar um soco
E se você pudesse vê-los por um instante, você concordaria
Concordaria que não existe mais romance por aí.

É uma coisa engraçada, sabe
Contaremos para eles se você quiser
Contaremos para eles todos nesta noite
Mas eles nunca vão ouvir
Por que as mentes deles já estão feitas
E tudo bem continuar desse jeito

E por ali tem ossos quebrados
Só existe música, então existem novos ringtones
Não é preciso ser nenhum Sherlock holmes
Pra ver que é um pouco diferente por aqui

Não me entenda mal, existem garotos em bandas
E crianças que gostam de brigar em poças
E só por que ele já tomou umas latas
Ele acha que está certo agir como um idiota

Bom por ali tem amigos meus
O que eu posso dizer, eu conheço eles há muito, muito tempo
E eles podem passar dos limites
Mas você não consegue ficar bravo do mesmo jeito

sábado, 23 de julho de 2011

Procura-se

   Procuro por uma mulher que prefira uma flor ai invés de um carro, por uma mulher que goste de ouvir eu te amo ao invés de vamos ao shopping fazer compras.
   Que me aceite da forma que sou com meus problemas, mas que também me ajude a soluciona-los.
   Por uma mulher que me beije como se fosse o nosso primeiro e último beijo de todos os dias.
   Que nos meus dias difíceis, saiba me acolher, e saiba também que o problema nunca será com ela.
   Que ao dizer "eu te amo", seja um eu te amo pronunciado com todas as sílabas, vogais, consoantes e sentimentos do coração.
   Procuro por um amor, que eu possa chamar de MEU amor.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Aquele rapaz

   Está vendo aquele rapaz bonito e sorridente ? Então, aquela beleza não passa de uma ilusão para ele achar que tem chance com alguma garota bonita e legal, e aquele sorriso, bem.... na verdade aquele sorriso não é bem um sorriso, e sim um molde para enganar seus próximos.
   Pergunte para aquele rapaz: "Quem é você?"; ele lhe responderá: "Eu não sei". Os mais novo dizem que ele é louco, os mais velhos dizem que é uma parte da idade, e os da mesma idade, não dizem nada.
    Sua cabeça, seu mundo, tudo está certo, só que de cabeça para baixo. Algo que não possa ser compreendido por aqueles que dizem entender, e até fazer algum sentido para aqueles que julgam esse texto uma loucura.
   Está vendo aquele rapaz ? Então, ele ainda não aprendeu a ser feliz

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Caneca de Café

Com sua caneca de café ele esquenta toda sua frieza, angustia, tristeza e sofrimento.

Com sua caneca de café ele queima sua garganta anestesiando  a queimação em seu coração.

Com sua caneca de café ele pensa em como poderia ser feliz com a mulher que não sai da sua cabeça, com a mesma que não o quer.

Com sua caneca de café ele derruba sobre o chão e percebe que sua vida está tão bagunçada quanto o chão esparramado pelo café ainda quente.

Com sua caneca de café, ele chora sobre ela misturando suas lágrimas sofridas com o café amargo pela solidão 

domingo, 15 de maio de 2011

E mais um dia

   Mais um dia e ele acorda sem vontade de viver, sem vontade de respirar sem vontade de existir. Motivo ? desilusão no amor. Ele a ama, ela o ignora. Ele transa com outras, mas não sente prazer ou sentimento algum, ele apenas quer esquece-lá em outros corpos, outros olhares.
   Ele parece ser feliz...apenas parece

domingo, 1 de maio de 2011

Suspiros

   Abro os olhos e percebo que não estou em casa. Estou em um lugar que jamais vi antes. Suspiro, fecho os olhos, suspiro novamente, e torno a abrir os olhos novamente. Diante do meu foco de visão se encontram muitas garrafas e latas de cerveja. Só me resta uma coisa a pensar: " Quem eu sou ? ", a garrafa de cerveja meia vazia em minha frente responde: " Você é o último gole amargo da vida ", ignoro a resposta estúpida da garrafa.
   Me viro de lado e vejo uma sacada com portas de vidro, e várias frases escritas com canetinhas. Me foco em apenas uma e leio: "As putas também amam" ,  completo a frase mentalmente: " e também são amadas ".
   Levanto, pego a garrafa meia vazia que me criticou, e tomo-a no bico, ela está quente e com gosto de cerveja velha. Tomo mais um gole. Me encaminho até a porta da cozinha, apenas quero ir embora. Na cozinha está uma mulher sem roupa na parte de cima. Ela olha para mim, sorri, e diz: "bom dia amor". Não olho para ela, não conheço ela. Me dirijo a porta e vou embora.
   Nunca mais volto nessa casa

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Estrela Cadente

Certa noite, um casal de amigos estavam deitados sob o gramado de um campo distante da cidade.
Estavam admirando o céu limpo e estrelado sem uma nuvem sequer.
Ao avistarem uma estrela cadente , ela disse:
- Faça um pedido.
ele: - Eu já fiz.
ela: - O que desejou ?
ele: - Que você esteja sempre ao meu lado, pois você é o meu motivo de viver
ela: - Faça outro pedido.
ele: - Desculpe.
ela: - Faça outro pedido que ainda não foi realizado
ele: - eu te amo
ela: - eu também
Eles se beijaram pela primeira vez.

domingo, 24 de abril de 2011

Quatro Horas

   Calça jeans rasgada, tênis encardido se é que pode-se chamar aquilo de tênis, camisa com pequenos furos do tempo. Na sua cintura ele carrega um revólver. Está ouvindo sua melhor canção com seu aparelho mp3. Seus únicos pensamentos são expelidos pelos seus próprios olhos em forma de lágrimas. Hoje ele pretende acabar com todo seu sofrimento pelo qual não sabe pelo que sofre.
   Chegou em um terreno baldio, quinze para as dez da noite, nenhuma forma de vida se encontrava no local, com excessão do próprio jovem. Retirou a arma com pouca cautela de sua cintura, olhou novamente o compartimento de balas de seu revólver comprado recentemente por um viciado. Apenas uma bala, apenas uma vida, apenas um sofrimento a ser esquecido.
   Colocou a arma em posição apontando para a própria cabeça, fechou os olhos, colocou o dedo no gatilho, sua música predileta acabou. Não podia morrer sem ouvir sua música predileta, What You Want - John Butler Trio, tornou-se sua música predileta a cerca de três horas atrás. Apertou o botão play mais uma vez da mesma música.
   Posicionou novamente a arma em sua cabeça, fechou os olhos, sentiu uma leve queimação em seu coração, jamais tinha sentido isso em sua vida. Lágrimas não paravam de escorrer pelos seus olhos, colocou o dedo no gatilho...Seu celular tocou.
   Abriu os olhos e checou seu aparelho. Era uma mensagem da sua namorada no qual tinham terminado a quatro horas atrás. Na mensagem continha uma frase: "Eu te amo, não quero te perder por nada nessa vida, venha aqui em casa, vamos conversar e tornar tudo como era antes "
   Largou sua arma, deixou-a cair, ajoelhou-se e chorou. Porém suas lágrimas eram diferentes, suas lágrimas sorriam assim como seus lábios, assim como seu coração.
   Ele voltou a viver.

sábado, 16 de abril de 2011

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Um Quarto

   Um quarto....muito pequeno, com uma porta e uma janela, ambas fechadas. Dentro desse quarto abriga-se um jovem sentado em sua cama com um bloco de folhas e o seu lápis.
   Ele sabe oque é amor, porém não sabe como amar. Ele sabe oque é felicidade, porém não tem um mero motivo para sorrir. Já foi um jovem normal como todos os outros, já hoje em dia seu mundo é conhecido como sua mente entreterida com seu quarto.
   Ao seu lado em cima do armário encontra-se uma garrafa de vodka da mais barata e um maço de cigarro. Já pegou o costume de beber direto da garrafa, afinal ele sempre é o único a encostar a boca. Um trago a cada exatas três linhas escritas e um gole a cada dez. À essa altura, ele já está parcialmente bêbado com seu bocado de escritas, textos, estrofes, rabiscos e até mesmo desenhos de nostalgia, sentimentos recíprocos de sua maturidade.
   Em seu quarto também abriga alguns pernilongos, alguns mortos no chão, e os vivos sobrevoando pelo teto desesperadamente à procura de uma saída para assim não morrer como os outros sufocados pela fumaça da nicotina.
   Essa é a vida real desse jovem. Essa é a minha vida surreal.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

10/01/11

   Dezenove anos...Ainda inconsequente dos meus próprios atos. Lembro da minha infância ainda como se fosse hoje, cerca dos dez anos, sempre gostava daqueles filmes americanos onde na família sempre tinha o irmão mais velho também conhecido como ovelha negra da família. Fugindo de casa, das responsabilidades, enchendo a cara de álcool, cigarro na boca e claro, as mulheres...o irmão mais velho sempre fazia sucesso entre as mulheres. Aqueles filmes americanos, aqueles adolescentes rebeldes...Ahhhhhhh, como eu gostava deles, aliás, sempre quis ser igual a um deles.
   Hoje olho para mim mesmo e vejo que sou exatamente igual ao irmão  mais velho do filme americano. Ou seja, sou aquilo que sempre sonhei em ser quando ainda criança. Tirando a parte da américa, pois não sou um americano... pensando bem, acho que ainda não realizei meu sonho, pensando melhor ainda, acho que nunca realizarei meu sonho, pois nunca serei um norte americano e muito menos tenho em mente em visitar o EUA.
   Dezenove anos... Apesar de ser aquilo que sempre sonhei em ser quando criança, não me orgulho disso, mas também não me envergonho. Tudo isso que eu disse não passa de uma metáfora, seja lá oque isso significa.
   Ainda tenho metas e sonhos, pois creio eu, que é de exatamente isso o motivo do ser humano viver. e se pensarmos bem, até uma formiga tem uma meta e objetivo. Sim ! estou comparando nós, seres humanos com as  formigas, e estou filosofando a partir de agora que: "Se um homem não tem metas e objetivos, ele com plena certeza será inferior à uma formiga". Já a parte dos sonhos é irrelevante à minha original e não patenteada filosofada. Voltando ao assunto, sonho em ser mais um em um milhão, sonho em ter minha casa, minhas dívidas, minha linda namorada, minha mais linda ainda amante e claro, meu dinheiro. Nunca sonhei alto...MINTO, é claro que já sonhei alto, como por exemplo ganhar na megasena, ser contradado do nada por um bilionário ou até mesmo fazer um sequestro perfeito em um banco internacional. Mas isso é um sonho impossível de ser realizar, não exatamente impossível ao pé da letra, mas chega a ser quase, e se eu fosse um matemático eu poderia provar isso agora mesmo à vocês.
   Não sei porquê nunca sonhei em ser um engenheiro de sucesso ou em um gerente de uma multi-nacional. Talvez isso deve ser pelo fato de eu gostar de filmes americanos em que tem aqueles secretários e funcionários onde ganham seus humildes salários de não sei quantos dólares ( creio eu que um salário mínimo, só que em dólares ).
   É de se notar que sou influenciado facilmente por filmes americanos. E quem são vocês para me criticarem  desse fato, pois, segundo essa minha recém criada teoria: " São raros os sonhos que são elaborados e originalizados de um homem, pois de algo já ocorrido esses sonhos devem ser focados". Ou seja, você deve focar-se em algo para assim então ter o seu sonho, oque no meu caso são os filmes americanos.
  Essa semana ainda irei mandar meu currículo para lojas de roupas e magazines. O engraçado é que sempre crititquei mentalmente todos meus amigos que trabalhavam em lojas de roupas, e hoje estou aqui orgulhoso de minha plena atitude e decisão de querer trabalhar na mesma. Se eu tivesse uma moto eu seria um motoboy, pelo simples fato de eu gostar desses motoboys de filmes americans.
   Apesar de não ser rico e não sonhar em ser rico, tenho um absoluta certeza que nasci para ser rico. Apenas isso a comentar