sábado, 4 de fevereiro de 2012

Entre os vales

   Já estava a dois dias sem trocar uma palavra pelo celular quanto muito menos pela internet com ela. Já estava de mau humor com a vida, de mau com seus sentimentos e consigo mesmo. A conspiração da tranquila vida não estava colaborando com ele.
   Decidiu-se sair naquela noite para esquecer os problemas. Ele sabia que a bebida era uma das soluções momentâneas. Como sempre: "1 vinho por favor". Um litro "guéla" abaixo até que decidiu-se ligar para uma amiga e desabafar um pouco, ele precisava ouvir alguma coisa, algum conselho...mesmo que inúteis que fossem...ele precisava ouvir algo.
   Dentro de minutos já estava em outro clima ( menos tenso ), encontrou com alguns amigos como previsto, conversaram e foram fumar alguns baseados. Mesmo já em estado embriagado e longe...seus pensamentos ainda estavam voltados para ela. Ainda não estava aliviado consigo mesmo, precisava de algum estimulante para tentar tira-lá de sua mente. Estimulou-se.
   De repente seu redor tornou-se engraçado, novo e até um pouco interessante. Sua cabeça já estava em outro mundo, seus pensamentos longes e seus sentimentos em outras devastas dimensões. Horas se passaram enquanto conversas sem sentidos eram vivamente dialogadas. Seus pensamentos já não pertenciam a ele mesmo...estava violento, ofegante e precisava descontar em algo.
   Os efeitos se passaram, os sentimentos adormeceram e o mundo estava pesando um pouco menos para ele. Sua noite já tinha bastado até o momento. Ao ir a pé para sua casa, reparou como estavam belas as colinas que separam o estado de São Paulo com Minas Gerais sob o luar da madrugada.
   Sabia que de nada tinha adiantado nesse seu dia, porém sentia-se mais confortado consigo mesmo. O fato de saber que estava se auto destruindo o confortava disso. Preferia se matar aos poucos do que sofrer de amor.

Um comentário:

  1. Pior é ter que concordar, que sofrer de amor é dose, mais facil comer chumbinho, dizem que doi... mas deve ser bem menos.

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